terça-feira, 9 de outubro de 2012
Capítulo único.
- Agora
sim, meninas! – falou Leyla com seus cabelos morenos caindo sobre seu olho
esquerdo. – Iremos descobrir com quem aqueles folgados, traíras, mulherengos,
idiotas, canalhas, filhos de uma meretriz, salafrários, patifes, desonestos
estão andando!
-
Malandros! – interrompeu Ágata.
-
Acham que podem nos enganar! – continuou Helena indignada. – Ainda bem que eles
trabalham juntos, não é, amigas? Fica mais fácil de descobrir se caso o chá não
der certo.
- Tem
razão, eles acham que nos enganam, mas assim é bem mais fácil descobrir o
paradeiro dos quatro!
Todas
olharam para Mariana que até agora não tinha ousado pronunciar uma palavra
sequer.
- E
você, Mari? – Ágata a incentivou. – Desistiu depois do plano já estar pronto?
Vai mesmo dormir com essa dúvida em sua mente? Será que você vai conseguir
deitar e dormir ao lado do homem que ama com essa pulga atrás da orelha? Será
mesmo? – Mariana continuou calada e apreensiva. – Ok, você que decide. O marido
é seu, e os chifres também. Mas eu? Eu cansei de ser otária.
Mariana
olhou para as três mulheres que a fitavam intensamente, como se de ela devesse
algo para as outras.
- Tá
bom, vamos lá... Deem-me um pouco desse chá – Mariana desistiu de lutar contra
elas. – Mas vocês têm certeza mesmo que não traz nenhum problema neurológico
para o Luke?
Leyla
riu sarcasticamente.
- E
se trouxesse algum problema? Quem liga? – falou ainda rindo, mas Mariana
arregalou os olhos. – Claro que não traz nenhum problema, né? Acha mesmo que
faria veneno em vez de chá para eles? Bobinha...
Helena
sorriu e foi até o balcão pegar o chá que estava quente e exalando um aroma
incrível. Mariana sentiu até o impulso de toma-lo se não soubesse as
consequências dele.
A
morena despejou o chá igualmente em quatro vasilhas de vidro e entregou para
cada uma das mulheres lá presentes.
Três
mulheres sorriram de orelha a orelha, mas uma ainda estava sem expressão facial.
Esta era Mariana, uma menina baixinha com olhos azuis brilhantes, rosto fino e
cabelos loiros caindo sobre seus ombros.
- E
não se esqueçam, meninas, se o chá não der certo, vamos nos reunir e ir até o
serviço deles! – Ágata completou.
Quando
as três moças saíram da casa de Ágata, tomando cada uma seu rumo, o marido
dela, Ricardo, chegou. Ágata logo percebeu que algo estava errado, pelo cheiro
de perfume feminino em sua blusa.
Ricardo
se sentou no sofá.
- Ei,
você está: “a gata” hoje, não? – Fez um trocadilho com seu nome. – Traz um copo
de suco para o amorzão aqui, por favor?
A
mulher se forçou a sorrir e em vez de entregar suco, entregou-lhe o chá
alucinógeno que preparara.
Logo
a noite, quando o marido já não estava muito consciente de seus atos, Ágata começou
com seu interrogatório. Depois de algumas perguntas sem interesse, só para
distraí-lo fez a pergunta que tanto almejara: “com quem você esteve hoje e nas
últimas semanas depois do trabalho?”, o marido sorriu débil, por causa do
efeito do chá, para a parede e sussurrou o nome: Júlia.
Ao
amanhecer Ágata terminou seu casamento e expulsou Ricardo de casa enquanto ele
a chamava de louca e de problemática.
No
mesmo dia do preparo do término de Ágata e Ricardo, chegou a vez de Leyla
desfrutar dos poderes do chá para benefício próprio.
Lúcio,
marido de Leyla, tinha o hábito de tomar um chá de ervas, suco ou café enquanto
lia o jornal do dia. A moça logo se aproveitou dessa oportunidade para dar-lhe
o chá. Novamente, quando o marido já não estava respondendo direito aos seus
atos, fez-lhe a pergunta: “Com quem tem andado depois do trabalho?”, o marido
riu com gosto deixando a mulher nervosa, mas por fim respondeu: “Com a Júlia”.
Leyla
nem esperou ele recobrar totalmente os sentidos, no meio da madrugada quando
ele levantara para pegar um copo de água no meio da noite, a mulher o despejou
jogando suas roupas na calçada e o expulsando a tapas de sua casa.
Nessa
mesma madrugada em que Lúcio estava sem abrigo e sem mulher, Kaique, o marido
de Helena, chegou em casa exausto, ele havia ligado para a sua esposa para
avisar que chegaria mais tarde pois estava trabalhando, mas Helena não
acreditou nenhum pouco nessa história e com a desculpa de dar: “um chá
desestressante”, deu-lhe o chá para ver se seu marido tivera dito a verdade.
-
Fale a verdade, por que você chegou às 2 horas da manhã hoje, Kaique? – Helena
perguntou nervosa.
-
Não é óbvio, amor? – Kaique sorriu. – Estava com a Júlia!
Helena
irada nem esperou o efeito do chá passar e foi logo batendo, beliscando e o
tirando de casa a força enquanto Kaique forçava a visão para enxergar o que
estava havendo sem que tudo rodasse ao seu redor.
Três
casamentos destruídos... Restava só Mariana.
Mariana
e Luke se davam muito bem, mas em um descuido se deixou levar por suas amigas ao pegar o chá. Porém, não teve
coragem de dar ao seu marido porque além de não ter motivos, seria injusto de
duvidar dele de uma hora para a outra. Tentou esquecer do ocorrido do chá.
Mas
depois de dois dias Luke chegou em casa duas horas mais tarde que o normal,
Mariana ficou muito irritada.
Foi
até sua cozinha e despejou o chá em um copo, estava saindo já com o copo na mão
quando o ouviu conversar com alguém no telefone.
-
Você está falando sério? – exclamou Luke feliz. – Sim, claro! Mas é claro! Nós
todos vamos ficar muito felizes com essa proposta. Obrigada, Júlia! Tchau.
Quando
Luke se virou deparou-se com Mariana séria.
-
O que essa Júlia queria? – perguntou brava.
-
Amor! – Luke chegou perto de Mariana. – Eu ganhei uma promoção no trabalho! A
minha chefe falou que como o Ricardo, o Kaique, o Lucio e eu temos nos
esforçado muito e até ficado até mais tarde no trabalho era nosso direito ter
um aumento no salário e elevar nosso cargo na empresa!
Mariana
nem pôde acreditar. Abraçou o marido com força e não demorou em pegar o
telefone e ligar para suas amigas e comemorarem juntas. Porém, ela descobriu
que todas elas tinham terminado o casamento e estavam chorando na casa de seus
pais.
Mas
as três mulheres soluçaram ao telefone quando ouviram Mariana proferir a frase:
“Mas Júlia é a chefe deles que os ofereceu a promoção no trabalho!”
Fim.
(Por Larissa Brito - Concurso de Contos)
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Oláaa, boa tarde!
Eu queria compartilhar com vocês o primeiro livro que li inteirinho sendo que tinha uma quantidade razoável de páginas e sem as "famosas" imagens grandes que ocupam a folha inteira.
Bom, o Álvaro Cardoso fez uma história de amor muito linda. Não é aquela história super elaborada com muitos detalhes e acontecimentos mas é uma história bem feita e, particularmente, fofíssima. Apesar d'O Diário de Lúcia Helena conter imagens nos cantos das folhas e n'A Hora do amor ter bastante imagens grandes, é um livro que não é infantil, apesar de eu tê-lo lido na quarta série - atual quinto ano.
Bom, em O Diário de Lúcia Helena conta a história de uma menina que ganha de presente um diário e começa a retratar tudo que se passa em sua vida, como os amores, as amizades um tanto quanto falsas... Ela se muda para Americana e conhece seu vizinho Beto. Eles se tornam muito amigos mas quando Mário António - sim, com acento agudo no "o", o que gera várias repercussões sobre isso em A Hora do Amor -, Lúcia Helena se sente um pouco atraída mas ao mesmo tempo confusa sobre seus sentimentos para com "Marinho". Os dois começam a namorar e ao mesmo tempo que uma história de amor começa, uma história de amizade termina... Já sabem de quem eu estou falando?
Já em A Hora do Amor, é o ponto de vista de Beto, melhor amigo de Lúcia Helena, seus sentimentos e confusões. As histórias engraçadas e tristes, os momentos marcantes, as brigas familiares, as brigas escolares que não são poucas etc. E no final de tudo decide se mudar para São Paulo.
Bom, eu sou meio suspeita para falar desses livros porque eu reli 12 vezes (sim! 12 vezes! Minha mãe não me aguentava mais me ver segurando esses livros). Eu li beeeem novinha, mas depois de mais crescida decidi comprar - porque da primeira vez tinha pegado emprestado da biblioteca da escola - e fiquei relendo e relendo e relendo.
Eu amei tanto esse livro que eu pensei: acho que de história boa não deve existir somente ele. Então comecei minha busca interminável por livros e mais livros até ter uma overdose literária.
No momento estou com 23 livros desejados... quem quiser me dar, as portas estão abertas, hehehe! :p
Beijos, galerinha.. Até a próxima! :)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Ser mãe de bailarina é tarefa trabalhosa, cheia de preocupações, deveres, imprevistos e principalmente dedicação.
Não é fácil sair correndo de última hora para comprar aquele grampo que falta para seu coque firmar ou aquela meia-calça que rasgou. Também não é fácil levá-la e buscá-la de seus incessantes e cansativos ensaios todos os dias.
Tem que ter paciência em acompanhá-la em cada passo - principalmente se for em sapatilha de ponta - para não deixá-la cair, ver sua melhora naquele salto que não conseguia concluir e arrumar sua mala para as apresentações.
Ah, as apresentações!
Colan, meia, sapatilha, redinha... confere.
E aquele pensamento de mãe: "E se esfriar?". Lá vamos nós pegar o casaco.
Juntamente com aquela preocupação de abrir sua mala trinta e nove vezes só para ter certeza que não falta nada.
Tantas sapatilhas gastas, tantas cobranças de sua professora, tantas motivações dar à sua pequena para não desistir de completar sua pirueta, a ensinar aquele passo que não sabia mesmo que sua mãe não consiga nem fechar uma "quinta posição" corretamente.
Ser mãe de bailarina não é a que dá saltos incríveis por ela, mas sim aquela que lhes dão impulso maior para que possam alcançar o céu.
Não importa quantas vezes cair, todas as vezes lá está ela para tomar todas suas dores só para ver um lindo sorriso brotar em seu rosto e ajudá-la a levantar com a cabeça erguida.
E enquanto as bailarinas dançam, as mães assistem com um olhar reconfortante que as motivam a dançar com o coração aquecendo suas almas.
Desta vez dedico aplausos a vocês, e não à suas filhas, porque hoje os méritos são seus por elas chegarem onde estão.
By: Larissa Brito.
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